Competitividade na Enfermagem: até quando isso é saudável?
Gestão e Liderança de Equipes de Enfermagem
Vivemos em um país onde o mercado de trabalho é cada vez mais competitivo e precarizado, reflexo do nosso modelo econômico. Com um consumismo exacerbado e uma busca descontrolada pelo máximo de lucro possível, esse pensamento individualista e egocêntrico acaba influenciando todas as classes profissionais.
Existe uma máxima na Enfermagem que diz: “Os enfermeiros são uma classe
desunida”, e não é raro ouvir dos próprios enfermeiros frases do tipo: “os meus
colegas de profissão só pensam em sí e querem passar por cima de todos”.
A categoria sofre com esses estigmas que podem ser frutos de uma grande
competitividade que existe dentro da área, porém, será que essa grande
concorrência é realmente ruim?
Levando em consideração que não podemos mudar o modelo de negócio do país, um ambiente que estimula a competitividade não traria algum benefício para os profissionais? Tente lembrar quando você era criança, quando a professora dizia que o desenho mais bonito ganharia um presente. Tenho certeza que você se esforçava ao máximo para que o seu fosse o mais belo dentre todos os outros da sala.
Dentro desse contexto podemos dizer que a competitividade estimula exatamente esse sentimento em nós, um desejo de vencer, e com isso nos esforçamos e buscamos fazer o melhor que podemos.
Benefícios da competitividade na enfermagem:
Dentro da enfermagem a competição pode ser muito bem vinda pois os profissionais buscarão ser mais assertivos, demorarão menos tempo para tomar decisões ou entregar tarefas prontas. Além disso a competitividade pode estimular o desejo de capacitações, aquisição de mais conhecimento e melhoria em suas técnicas.
Nesse sentido, saber que existem profissionais cada vez mais capacitados no
mercado cria em nós um certo receio de “ficarmos para trás” ou sermos
ultrapassados quando se trata dos melhores empregos e condições de trabalho.
Em resumo, a competitividade, quando bem empregada, é um excelente
potencializador de resultados. Promover uma competição saudável entusiasma a equipe, atiça os profissionais a saírem de sua zona de conforto e a correr novos risco. Isso é sem dúvida um ótimo caminho para ter uma equipe engajada, estimulada e que dialoga com você.
Pontos negativos da competitividade na enfermagem:
Infelizmente a competitividade também pode trazer alguns pontos negativos que podem ser uma bomba relógio dentro das equipes de enfermagem. Assim como a capacidade de estimulação do desejo de vencer e ser cada vez
melhor, a competição pode colocar os nervos à flor da pele e criar um cenário
perfeito para surgirem os conflitos.
Os profissionais podem desenvolver um sentimento de superioridade e, se não
houver uma preocupação com a comunicação, podem se comunicar com
arrogância, que acaba gerando bate bocas entre os profissionais. No pior dos cenários a competitividade pode também ter um efeito totalmente contrário do desejado. Se o profissional achar que a competição é injusta ou que não oferece as mesmas chances para todos, ele pode se frustrar e ficar desestimulado. Isso pode criar um funcionário improdutivo e não aderente às propostas que você sugere.
Pensando na saúde, a competição extrema pode causar sérios problemas como o estresse e problemas cardíacos. Pode fazer com que os funcionários fiquem obcecados com o trabalho e tenham dificuldades em se desligar do serviço em seus momentos de descanso.
O ideal é que exista um equilíbrio e uma constante avaliação do ambiente em que estão inseridos. Prestando atenção se a competitividade existente no trabalho ainda é saudável e tem estimulado os membros da equipe a se tornarem cada vez melhores individualmente, o que consequentemente melhora o resultado geral, ou se tem trazido mais problemas, prejuízos e conflitos.
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