Como transformar as falhas da equipe de enfermagem em aprendizado?
Sem dúvida o enfermeiro lida no seu dia-a-dia de trabalho com grandes desafios! Estar atualizado com as melhores evidências científicas para conduzir e capacitar a assistência de enfermagem, não é tarefa fácil e demanda muita dedicação do enfermeiro.
Assim, pensando nesses desafios, vamos dar destaque, aqui, a algumas situações muito delicadas e por vezes carregadas de estresse e inúmeras dificuldades para lidarmos. Como estudante, como enfermeiro você já pode ter ouvido ou conheça algum colega que já ouviu: “Foi feito a medicação no paciente errado! O procedimento foi realizado com falha! Durante a mobilização de um paciente foi exteriorizado um dispositivo invasivo!” e tantas outras situações... Minha equipe falhou! E agora? Como enfermeiro, o que eu faço?
É esperado, é comum que nessas situações o enfermeiro precise lidar com muitas emoções da equipe e do paciente – medo, raiva, frustração, resistências ...o que pode acarretar uma situação complicada para o líder. O nosso objetivo aqui é resumir uma metodologia (fundamentada nas práticas de Segurança do Paciente) que te ajude a controlar, intervir e atuar na diminuição de danos, de conflitos e na prevenção de recorrência dessas falhas! Então se sua equipe falhou...respire fundo e lembre-se de praticar essa sequência de atitudes!
1 – Contenha os danos – antes de qualquer ação de investigar, descobrir o que aconteceu, dar advertências, punições... foque nas intervenções imediatas para o paciente. É imprescindível uma avaliação, investigação de sinais e sintomas, intervenção com outros profissionais (comunicação do médico, realização de exames, antídotos para erros de medicação etc). A mitigação de danos é diminuir ao máximo as consequências do evento. É muito importante que o enfermeiro converse, elabore protocolos e treine a sua equipe para agir nos casos de acontecimento do evento – por exemplo, treinar a equipe sobre o que fazer, quem acionar, o que verificar no paciente no caso de um erro de medicação. Assim, mesmo na ausência do líder, a equipe de enfermagem saberá o que fazer para diminuir os danos.
2 – Cuide do Cuidador – quando acontece a falha e esta chega até o paciente, especialmente quando a falha provoca reações imediatas ou graves (intercorrências clínicas), o profissional envolvido está numa situação de estresse (medo, sentimento de culpa, pânico etc). Como líder é preciso acolher esse profissional – não é o momento de julgamentos ou atitudes que aumentem o conflito – o líder precisa agir em prol da resolução imediata das consequências para o paciente e ajudar o profissional envolvido a lidar com a situação. Uma atitude valiosa é uma rápida conversa com o profissional para entender se ele está bem, se está apto para continuar as atividades naquele momento (se consegue dar continuidade às intervenções imediatas). É importante envolver esse profissional na correção, na diminuição das consequências, porém, com o cuidado de não trazer um pré-julgamento ou punição do profissional antes mesmo de analisar os fatos.
3 – Investigue a situação ocorrida – tão logo seja oportuno, assim que cuidar da mitigação dos danos ao paciente, busque informações sobre o ocorrido. É fundamental avaliar como estava o cenário no momento da falha (havia situação atípica, como estava a distribuição de tarefas, o fluxo de pessoas e interrupções no ambiente, os recursos que foram utilizados, se existia e se foi seguido o padrão estabelecido para a atividade, se o profissional era capacitado etc). O enfermeiro pode levantar essas informações no prontuário, observando o local, relatórios de passagem de plantão e conversando com as pessoas envolvidas. É também nesse passo que é formalizada uma notificação de evento adverso, caso a Instituição tenha essa política implantada (por regulamentação do Ministério da Saúde é uma política obrigatória!).
4 – Analise as causas do evento – a etapa 3 trouxe a base para que as causas sejam identificadas – é preciso fugir das armadilhas de ver o problema e de maneira imediata e de forma simplista indicar causas que esteja no seu julgamento e no seu pensamento. Outra perigosa armadilha é apenas culpabilizar o profissional envolvido na falha, deixando de olhar para o processo, para os fatores da tarefa, da tecnologia envolvida, aspectos individuais, da equipe, do ambiente, peculiaridades do paciente e aspectos da própria Instituição. Envolver a equipe e buscar informações certamente vão ampliar essa análise e destacar as causas verdadeiras. Somente intervindo nesses fatores causais e que podemos evitar a recorrência da falha.
5 – Elabore planos de ação e projetos de melhoria – O levantamento das causas deve se alinhar à definição de estratégias, ações de intervenção nas mesmas. É bastante possível, como aponta a literatura de referência em Segurança do Paciente, que as ações devam ultrapassar apenas novos treinamentos para o profissional envolvido no evento – é preciso trazer inovações nas atividades, na organização da equipe, na divisão de tarefas, definição de protocolos, redefinição de recursos etc.
6 – Execute e acompanhe o plano de ação – qualquer plano de ação, por mais bem elaborado que seja, somente renderá resultados quando seu conteúdo for colocado em prática! Então, esta etapa é que efetivamente faz a mudança acontecer! É fundamental que a liderança divida responsabilidades na execução desse planejamento, acompanhe os prazos e mantenha a equipe informada sobre as mudanças e os resultados dessas mudanças. Envolver as pessoas no levantamento das causas, na elaboração do plano e na execução das tarefas gera compromisso e aumenta as possibilidades de bons resultados – no caso, evitar a recorrência do problema e evitar os danos para a assistência.
A Segurança do Paciente traz em seu fundamento essa lógica de desenvolvimento da liderança e da equipe para construção de estratégias como protocolos, gestão de riscos, barreiras de prevenção de danos, ciclos de melhoria contínua e efetivas ferramentas de comunicação como meios valiosos para lidar com o aumento dos riscos assistenciais que o aumento da complexidade do cuidado tem exigido.
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É inegável e nos salta aos olhos que nos últimos anos a assistência tem exigido mais conhecimento técnico, mais habilidade relacional e cada vez mais competências de liderança para que o enfermeiro consiga lidar e desenvolver a sua equipe para trabalhar com o aumento da complexidade da assistência. O aumento do uso de tecnologias no cuidado do paciente, a diversidade de procedimentos, a concomitância de doenças agudas e crônicas e um perfil de atividades cada vez mais difíceis expõe nossos pacientes a mais riscos e expõe a nossa equipe a maior probabilidade de falhas.
Assim, pensando nesses desafios, vamos dar destaque, aqui, a algumas situações muito delicadas e por vezes carregadas de estresse e inúmeras dificuldades para lidarmos. Como estudante, como enfermeiro você já pode ter ouvido ou conheça algum colega que já ouviu: “Foi feito a medicação no paciente errado! O procedimento foi realizado com falha! Durante a mobilização de um paciente foi exteriorizado um dispositivo invasivo!” e tantas outras situações... Minha equipe falhou! E agora? Como enfermeiro, o que eu faço?
É esperado, é comum que nessas situações o enfermeiro precise lidar com muitas emoções da equipe e do paciente – medo, raiva, frustração, resistências ...o que pode acarretar uma situação complicada para o líder. O nosso objetivo aqui é resumir uma metodologia (fundamentada nas práticas de Segurança do Paciente) que te ajude a controlar, intervir e atuar na diminuição de danos, de conflitos e na prevenção de recorrência dessas falhas! Então se sua equipe falhou...respire fundo e lembre-se de praticar essa sequência de atitudes!
1 – Contenha os danos – antes de qualquer ação de investigar, descobrir o que aconteceu, dar advertências, punições... foque nas intervenções imediatas para o paciente. É imprescindível uma avaliação, investigação de sinais e sintomas, intervenção com outros profissionais (comunicação do médico, realização de exames, antídotos para erros de medicação etc). A mitigação de danos é diminuir ao máximo as consequências do evento. É muito importante que o enfermeiro converse, elabore protocolos e treine a sua equipe para agir nos casos de acontecimento do evento – por exemplo, treinar a equipe sobre o que fazer, quem acionar, o que verificar no paciente no caso de um erro de medicação. Assim, mesmo na ausência do líder, a equipe de enfermagem saberá o que fazer para diminuir os danos.
2 – Cuide do Cuidador – quando acontece a falha e esta chega até o paciente, especialmente quando a falha provoca reações imediatas ou graves (intercorrências clínicas), o profissional envolvido está numa situação de estresse (medo, sentimento de culpa, pânico etc). Como líder é preciso acolher esse profissional – não é o momento de julgamentos ou atitudes que aumentem o conflito – o líder precisa agir em prol da resolução imediata das consequências para o paciente e ajudar o profissional envolvido a lidar com a situação. Uma atitude valiosa é uma rápida conversa com o profissional para entender se ele está bem, se está apto para continuar as atividades naquele momento (se consegue dar continuidade às intervenções imediatas). É importante envolver esse profissional na correção, na diminuição das consequências, porém, com o cuidado de não trazer um pré-julgamento ou punição do profissional antes mesmo de analisar os fatos.
3 – Investigue a situação ocorrida – tão logo seja oportuno, assim que cuidar da mitigação dos danos ao paciente, busque informações sobre o ocorrido. É fundamental avaliar como estava o cenário no momento da falha (havia situação atípica, como estava a distribuição de tarefas, o fluxo de pessoas e interrupções no ambiente, os recursos que foram utilizados, se existia e se foi seguido o padrão estabelecido para a atividade, se o profissional era capacitado etc). O enfermeiro pode levantar essas informações no prontuário, observando o local, relatórios de passagem de plantão e conversando com as pessoas envolvidas. É também nesse passo que é formalizada uma notificação de evento adverso, caso a Instituição tenha essa política implantada (por regulamentação do Ministério da Saúde é uma política obrigatória!).
4 – Analise as causas do evento – a etapa 3 trouxe a base para que as causas sejam identificadas – é preciso fugir das armadilhas de ver o problema e de maneira imediata e de forma simplista indicar causas que esteja no seu julgamento e no seu pensamento. Outra perigosa armadilha é apenas culpabilizar o profissional envolvido na falha, deixando de olhar para o processo, para os fatores da tarefa, da tecnologia envolvida, aspectos individuais, da equipe, do ambiente, peculiaridades do paciente e aspectos da própria Instituição. Envolver a equipe e buscar informações certamente vão ampliar essa análise e destacar as causas verdadeiras. Somente intervindo nesses fatores causais e que podemos evitar a recorrência da falha.
5 – Elabore planos de ação e projetos de melhoria – O levantamento das causas deve se alinhar à definição de estratégias, ações de intervenção nas mesmas. É bastante possível, como aponta a literatura de referência em Segurança do Paciente, que as ações devam ultrapassar apenas novos treinamentos para o profissional envolvido no evento – é preciso trazer inovações nas atividades, na organização da equipe, na divisão de tarefas, definição de protocolos, redefinição de recursos etc.
6 – Execute e acompanhe o plano de ação – qualquer plano de ação, por mais bem elaborado que seja, somente renderá resultados quando seu conteúdo for colocado em prática! Então, esta etapa é que efetivamente faz a mudança acontecer! É fundamental que a liderança divida responsabilidades na execução desse planejamento, acompanhe os prazos e mantenha a equipe informada sobre as mudanças e os resultados dessas mudanças. Envolver as pessoas no levantamento das causas, na elaboração do plano e na execução das tarefas gera compromisso e aumenta as possibilidades de bons resultados – no caso, evitar a recorrência do problema e evitar os danos para a assistência.
A Segurança do Paciente traz em seu fundamento essa lógica de desenvolvimento da liderança e da equipe para construção de estratégias como protocolos, gestão de riscos, barreiras de prevenção de danos, ciclos de melhoria contínua e efetivas ferramentas de comunicação como meios valiosos para lidar com o aumento dos riscos assistenciais que o aumento da complexidade do cuidado tem exigido.
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