INSTITUTO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM
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Check-list cirúrgico: o que é e por que devemos fazer

Cirurgias seguras salvam vidas

O que é o checklist cirúrgico e quais seus objetivos?

O Checklist cirúrgico ou Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi criado com a finalidade de diminuir erros e danos ao paciente pelo procedimento anestésico-cirúrgico. 

Com o Check list é possível proporcionar maior qualidade na assistência prestada pois se trata de uma ferramenta chave para a redução de óbitos e complicações evitáveis.
 
Princípios do Checklist Cirúrgico

O checklist deve funcionar como um instrumento de fácil acesso e compreensão, não devendo ser negligenciado pela equipe ou tratado apenas como mais um instrumento de preenchimento. 

Ele é constituído por uma listagem dos principais momentos do ato cirúrgico e que podem ser cruciais para evitar empecilhos ao paciente e também à equipe,
sendo então um instrumento que respalda a assistência prestada em seu nível de complexidade. 

Para ser efetivo, o checklist deve seguir esses 03 princípios norteadores:
 
1. Simplicidade;
2. Ampla aplicabilidade;
3. Possibilidade de mensuração.

A simplicidade trazida como princípio significa que a lista de verificação deve ser compreensível e objetiva, não sendo exaustiva. A ampla aplicabilidade diz respeito à possibilidade de utilização em qualquer cenário ou procedimento.  Já a possibilidade de mensuração revela os impactos como atuar perante cada um deles. 

Quando adotados, esses princípios-chave garantem uma implementação mais adequada e com isso os resultados do emprego dessa ferramenta tem importância significativa.

Como aplicar um Checklist Cirúrgico eficaz

Primeiro, é necessário que você conheça o instrumento, para preencher com atenção o que lhe é pedido, evitando rasuras e respeitando as etapas em que ele está dividido, as quais são:
 
1. Antes da indução anestésica;
2. Antes da incisão cirúrgica;
3. Antes de o paciente sair da sala de operações.
 
Cada um desses momentos da lista de verificação de Segurança Cirúrgica diz respeito respectivamente a: Identificação, Confirmação e Registro. 

É recomendado que apenas um membro da equipe coordene a sua aplicação no ato anestésico-cirúrgico, conferindo sempre verbalmente, e em bom tom, estabelecendo uma comunicação eficiente com o paciente e equipe nos momentos necessários durante os atos realizados. 

Na primeira fase é confirmado com o paciente a sua identificação, o falar sobre a cirurgia e o consentimento para sua realização. É confirmada também a marcação do sítio operatório (quando possível faze-lo) e verificado com o anestesiologista o risco de perda sanguínea, dificuldades com as vias aéreas, alergias e equipamentos anestésicos e medicamentos.
 
Na fase de Confirmação, são ratificados dados gerais como a cirurgia a ser realizada e o sítio correto de realização, além de eventos críticos que possam ocorrer, afim de estarem pautados de métodos, técnicas, materiais previsíveis e necessários para a assistência. 

Outros dois pontos cruciais a serem analisados nessa etapa são sobre o tempo de administração da profilaxia antimicrobiana (se ocorreram nos 60 minutos anteriores) e se as imagens essenciais estão disponíveis ( bem como se haverá necessidade de acompanhamento por imagem na cirurgia ou de exames anteriores).
 
Sobre o Registro, é realizada uma verificação com a equipe sobre o ato feito, se foi necessário fazer outro procedimento além do previsto, a contagens de instrumentos e compressas e a identificação de peças para exames anatomopatológicos e ainda se houve algum problema com equipamentos ou insumos.  

Nessa etapa final também é tido a preocupação de direcionar a assistência que deverá ser prestada na recuperação do paciente.

Lembrando que não basta aplicar o Checklist cirúrgico, deve-se ainda trabalhar os dados obtidos.

Diante do que foi exposto podemos perceber que o Checklist Cirúrgico é um instrumento preventivo indispensável para aumentar as chances de sucesso de tais procedimentos. 

Com ele é possível reduzir a iatrogenia e proporcionar maior tranquilidade ao paciente submetido a cirurgias. 

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