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8 Pós-graduações e ainda desempregado?

Depois de um tempo desempregado é comum bater aquele desespero, baixar a autoestima, se sentir inseguro. 
 
Vejo que, nesse momento, é muito frequente a busca por cursos de especialização com o objetivo de aumentar a sua empregabilidade por acreditarmos que não estamos prontos, pois o mercado parece “não estar interessado” no nosso currículo.

E aí é que, muitas vezes, caímos na armadilha do conhecimento.
Fazemos um curso atrás do outro e sempre temos um próximo nível para galgar. O mais grave, e é no que consiste a armadilha, é não colocarmos em prática o que aprendemos nos cursos.

Acabamos presos em modelos de outros autores e nossa identidade, nossos talentos ficam perdidos. Nos tornamos reféns de ideias, métodos e padrões externos.

Não faço apologia à autossuficiência em termos de conhecimento. Veja bem, não há nenhum problema em se atualizar, ao contrário, a busca pela evolução contínua é um dos principais valores do ser humano e diferencial no mercado de trabalho.

O que estou chamando a atenção aqui é para a perspectiva de que quando estamos no começo de carreira, e aí não falo de recém-formados apenas, falo de todos nós que estamos assumindo uma nova trajetória profissional, temos dificuldade de identificar o nosso backgroud (bagagem). 

Quase sempre não percebemos o nosso “jeito de ser” na vida profissional. E o que atrai o recrutador é justamente a habilidade que o candidato tem de transformar seu conhecimento em competência, ou seja conhecimento em ação.

A profissional que eu citei com 8 pós-graduações pode parecer estar perdida para os recrutadores já que os cursos não eram correlacionados. Parece não fazer sentido.

A dica aqui é só colocar no currículo as pós-graduações relacionadas, diretamente, à vaga para a qual está se candidatando e, no resumo das qualificações, usar as palavras-chave da área do curso de pós, correlacionando-as aos resultados que você gerou nas últimas experiências profissionais, mesmo que sejam estágios.

E ainda tem profissionais, com muita bagagem técnica, que podem estar sendo rejeitados nos processos seletivos na fase de entrevista, pode ser que a falta de controle emocional, a baixa energia, a dificuldade em demonstrar o seu diferencial te tirem do processo.

Investir em cursos que ajudem você a desenvolver essa inteligência emocional, a se preparar para os processos seletivos, a construir o seu diferencial podem ajudar bem mais a conquistar a sua vaga na enfermagem do que fazer mais um curso de especialização!

Isso porque o que os recrutadores esperam de você é que você:

• Tenha total consciência do que pode oferecer para a instituição e que fará toda a diferença nos resultados dela.
• Fale mais sobre o que ajudou a equipe, o setor, a instituição a resolver seus desafios, conquistar seus resultados, do que ficar falando sobre quem é você, seus cursos, a teoria que você conhece.
• Que demostre energia e vontade sincera de integrar essa equipe.

Então, minha proposta é que antes de se decidir a fazer um novo curso você se faça três perguntas:

1 – Quais as três competências que eu não possuo e que vão ser adquiridas nesse curso?
2 – Em quanto aumentarei a minha atratividade no Mercado de trabalho?
3 – Quais serão as 3 ações que colocarei em prática assim que o curso acabar relacionando aos conteúdos que já possuo?

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